domingo, 13 de abril de 2008

Coco, congado e pão de queijo

Desta vez, saquei o celular do Eduardo para mostrar em imagens algumas outras cenas (ainda) muito peculiares da vida mineira. Domingo passado acompanhei uma edição do agitado projeto “O Museu Guardas”, no Museu Mineiro. Cinco guardas de congado de várias regiões de Minas entraram cantando e batendo tambores dentro do museu em reverência às imagens sacras do barroco mineiro.

Lá pelas tantas da tarde deveria acontecer o lançamento do CD “Os cocos”, do grupo de coco Ouricuri. Com a ameaça de chuva, eles bateram os tamancos e tocaram a versão acústica do CD dentro da sala nobre do casarão, lotada de cruzes e santos dourados - alguns em suportes giratórios - do século 18.

No meio dessa bagunça, com menino correndo pra tudo quanto é lado, o diretor do museu propôs uma performance pra lá de autêntica. Quatro convidados da área de artes plásticas preparam uma receita deliciosa de pão de queijo para todo mundo. Enquanto isso, qualquer um podia se servir de queijo meia-cura. Voltamos para casa com a receita impressa do venerado quitute e com novas interrogações provocadas pela arte contemporânea.

3 comentários:

v. paulics disse...

julia, cadê o som dos tamancos? fiquei com vontade de ouvir. e cadê a tal da receita do pão de queijo? fiquei com vontade de comer. bom te ler. veronika

SaintCahier disse...

Essa idéia foi ótima --- afinal, mesmo que uma exhibition seja uma porcaria, se a birita e o buffet forem bons, nem tudo se perde...

Kandy disse...

Oi, Júlia! Você não me conhece, eu trabalho com a sua mãe, que foi quem me indicou seu blog. Muito bacana, viu? Vou passar sempre por aqui para ler suas interpretações paulistanas de uma terra poética. Bjos