domingo, 31 de janeiro de 2010

Estréia na Mostra de Tiradentes
















Enrolei, enrolei e, por fim, consegui prestigiar um dos eventos mais bacanas do calendário do cinema brasileiro: a Mostra de Cinema de Tiradentes. Já com o selo de atração mineira ultra recomendada, precisamos assumir que aquele é um clima muito especial, oposto ao que encontrei no feriado de 21 de abril, por exemplo. À época, vivenciei uma mini crise de pânico - culpa da lotação absurda e do trânsito congestionado por carros e carroças com capota da Hello Kitt.

Desta vez a cidade estava cheia, claro, mas com lugares para comer e espaço para caminhar. Nessas noites sem chuva, fiquei impressionada com a qualidade das projeções em 35mm em plena praça pública e com o respeito por parte do eclético público. Sobre os dois longas vistos no fim de semana, algumas rápidas linhas:

- Herbert de Perto – Documentário que recupera a trajetória dos Paralamas do Sucesso com foco nos principais fatos da vida de Hebert: a adolescência em Brasília, a mudança para o Rio, os primeiros shows, o sucesso, o acidente trágico. Filmado por grandes amigos do cantor [Roberto Berliner e Pedro Bronz], tem uma montagem impecável que recupera vasto material original e nunca antes visto. Mas de tão parcial, chega a ser um pouco cansativo. [Ao menos valeu para cantar músicas como “Óculos” e “Alagados”, assumindo que também já fui fã dos caras....]

- Elvis & Madona – Genial. A começar pelo roteiro: lésbica entregadora de pizza chamada Elvis se apaixona por travesti chamada Madona. Apesar das cenas e situações absurdas, a história é convincente e mostra um elenco afiadíssimo – com Simone Spoladore e Igor Cotrim nos papéis principais. Engraçado, romântico e emocionante, foi aplaudido diversas vezes ainda durante a projeção. Aposta do Tutu para o melhor filme nacional de 2010 e indicação de Almodóvar Brasileiro ao diretor Marcelo Laffitte! [Entrevista com o diretor no G1!]

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E eu vou nessa porque amanhã é segunda-feira de verdade!

3 comentários:

Mary disse...

Caramba, genial a ideia de Elvis e Madonna, tipo, tosca, mas engraçada. Sobre o Herbert, eu vou morrer gostando de Paralamas, mas o filme não conta os babdos amorosos? Por exemplo, recentemente descobri que "Uns dias" é revanche a uma puladinha de cerca de Paula Toller, pior que eu sempre quis entender "eu te odiei uns dias, eu quis te matar".

G. Sotero disse...

Adorei a sinopse do filme Elvis & Madona. Mas queria saber o seguinte: e o público? como reagiu ao filme? Sempre tive curiosidade para saber quais os tipos que circulam na mostra...uma já sei.. Julia Tavares. rs..

Júlia Tavares disse...

Oi, Gil e Mary,
O filme do Herbet passa bem longe dos "babados". Algum depoimento fala que, quando ele conheceu a Lucy, estava em plena ressaca amorosa... Sobre o público do "Elvis": a platéia foi totalmente seduzida pela proposta divertida e sensível do filme. Isso que é interessante - a reação é de simpatia total, provocada tanto pelo carisma dos atores quanto pelo ritmo da história. Quanto aos tipos que circulam por lá, tem de tudo - inclusive muito teen morador da cidade que não tem nada de cult/frequentador de sala de cinema... por isso é um evento tão interessante. um grande caldeirão democrático dedicado ao cinema!
Vamos no ano que vem? :-)
Beijos!