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domingo, 4 de julho de 2010

Grão Mogol



Nem Kubai Klan ou Ítalo Calvino chegaram a inventar esta cidade. Mas poderiam. Mesmo sem nome de mulher, Grão Mogol, no norte de Minas, chama a atenção do viajante por suas igrejas feitas de pedra e rio cor chá-mate. As pequenas casas coloridas da rua central, feitas de adobe, guardam histórias e cheiros de séculos atrás, quando a vila entrou no alvo da coroa portuguesa pela descoberta de diamantes na região. Espremidas, as casinhas ainda servem como vendinha para biscoitos e cacarecos ou para uma barbearia em plena atividade. Em clima de festa junina, se agitam bandeirinhas coloridas no céu.

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Os anos 2010 parecem longe de alcançar a cidadezinha de 15 mil habitantes fincada entre o mar de eucaliptos na paisagem do Jequitinhonha. Mas a verdade é que me senti muito bem recebida por ali, numa parada estratégica rumo a Minas Novas e Turmalina. Uma atmosfera acolhedora que talvez se explique por uma bonita mística familiar.

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Nos idos de 1920, meu avô João menino frequentou poucos anos de escola rural em Passos, no sudoeste de Minas. Garoto inteligente, descobriu imenso prazer no privilégio oferecido pela professora aos alunos que terminassem a lição mais cedo: poderia ir ao quadro negro estudar o mapa do estado. Encantado, ele corria com a tarefa e se entregava às viagens imaginárias que o faziam conhecer o mundo... (Minas não é o mundo, oras?..). E entre as centenas de cidades do mapa, uma delas chamava mais a atenção: Grão Mogol. Nome diferente, lugar bem distante, quase mágico. Desde então, cismou: queria fechar os olhos e aparecer por lá.

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Oitenta anos depois, com a mesma lucidez de sempre e a excelente orientação espacial, meu avô ainda contava a história de Grão Mogol. Mas não chegou a visitá-la. A missão foi cumprida por mim, meio sem querer, três anos depois da sua morte. Não é a toa que nas ruas da cidade perdida e sonhada, os caminhos me parecessem marcados por diamantes...

sábado, 19 de junho de 2010

Mulheres da terra

Dona Maria tem 72 anos e um raro bom humor. Na zona rural de Turmalina, no Vale do Jequitinhonha, mora em uma casa grande e fresquinha, com duas cozinhas: na de fora, fica o maior forno à lenha que eu já tinha visto até então. Nos recebeu com os pés no chão e as mãos sujas de barro: “estava moldando agorinha mesmo”. Artesã de mão cheia, me levou ao quartinho onde estavam os vasos grandes que acabavam de ganhar forma. Logo conheci as bonecas casamenteiras e os outros potes, bules, jarras e copinhos – decorados e pintados por ela. Impossível não admirar a inspiração para a arte nascida em meio a tanta pobreza.

Dona Maria mora com mais seis pessoas da família e virou “personagem” na reportagem que gravei por ser uma das beneficiadas com o projeto Um milhão de Cisternas, coordenado pela Articulação do Semi-Árido Brasileiro. A cisterna, que coleta a água da chuva para os períodos de seca, é a única garantia de água limpa para essas famílias. [Neste caso, não era clorada... e parece que raramente há tratamento...]

Mas a participação desta grande mulher no post do Tutu Mineiro tem outro significado. Ao longo dos dez dias e dos 2.400 quilômetros rodados no Jequitinhonha, conheci histórias de outras donas e jovens Marias que, em comum, têm paixão por sua terra. Ainda que seja pobre, ainda que seja isolada, ainda que seja esquecida por nossos governantes.

Em Irapé



Entre os poucos funcionários da monstruosa usina hidrelétrica de Irapé, que exigiu o reassentamento de 1.100 famílias, conheci Ádila, a moça da foto. Tem 40 anos e aparência de 28. Enquanto nos acompanhava na visita ao polêmico reservatório, contou que morou quase um ano em São Paulo e achou horrível. Formada em História, ela foi atrás do sonho que contamina outros moradores das pequenas cidades do Vale. Saiu de Virgem da Lapa, de 13.600 habitantes, para acompanhar os irmãos que estavam fazendo a vida na grande metrópole. Conseguiu emprego como manicure, mas se sentia mais uma no meio da multidão. “Lá ninguém te dá bom dia, não olha para a sua cara. Aqui eu gosto de ser chamada pelo nome, de sorrir para as pessoas”, comparou.

Ádila é otimista com o futuro e não se ilude mais. Não pretende mudar nem para Montes Claros, nem para Diamantina: quer continuar na sua cidadezinha, próxima da família, das raízes. Por sorte, tem seu sustento.

Volto desta viagem marcante com o mesmo sonho: que mais mulheres filhas do Vale tenham a oportunidade de construir suas histórias ali mesmo, na terra ensolarada e acolhedora deste sertão brasileiro.

domingo, 6 de junho de 2010

Do Vale do Jequitinhonha















Procurei por Salinas em guias de viagem estilo Quatro Rodas. Única atração: a mardita cachaça. Mais nada. Até constrangedor.... Estou aqui desde sexta e pude ver, por poucos minutos, uma atração típica da cidade - o mercado público reúne dezenas de produtores rurais e ambulantes, com carroças carregadas de frutas e muito agito popular. Gostaria de ter aproveitado o clima, mas não tive tempo. Meu destino foi o mato próximo a um córrego do Jequitinhonha, onde parti em busca de uma nova espécie de peixe descoberta em função do monitoramento das rendondezas da gigantesca usina de Irapé. Um paiuzinho que só apareceu no segundo dia, graças à rede armada pelo nosso pescador Waldir.

Em termos de impressão geral, vejo um Vale pobre economicamente. Casinhas enraizadas no chão, ruas desertas nos povoados, famílias com crianças andarilhas nas estradas... por outro lado, parece ter muita gente ganhando dinheiro por aqui. O asfalto chega a pleno vapor, com máquinas pesadas pelo caminho; o eucalipto é uma constante na paisagem; e a usina de Irapé gera um terço da energia demandada pelo Estado. Mas ainda não sei dizer como a população da região realmente se beneficiou com a empreitada.

Eita Minas grande!!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Uberlândias



UberTerra me pareceu mais simpática desta vez. Estive por lá no dia da revoada tucana pela cidade – José Serra acabara de exibir seu sorriso amarelo por aquelas terras - mas não foi exatamente este o motivo da minha simpatia. Ossos do ofício, fui levada mais uma vez a descortinar o universo até então desconhecido do atletismo. Pois é: Uberlândia abriga, até agora, o único Centro Nacional de Treinamento de Alto Nível em funcionamento do país. Isso significa que 40 adolescentes de todas as regiões do Brasil moram e estudam na cidade, passando quase o dia inteiro confinados em treinamentos intensivos na Vila Olímpica do Sesi.

Estranha no ninho, não posso deixar de admirar a garra desses moleques – escolhidos entre os primeiros colocados em seletivas de atletismo pelo país. Têm 17, 18 anos e, segundo os cálculos dos técnicos, chances reais de alcançarem medalhas em 2016. Longe, mas é assim mesmo – as verdadeiras apostas no esporte são feitas a longuíssimo prazo. Por isso importamos 3 cubanos como técnicos para a turma de Uberlândia. Orlando Perez Áquila, Roberto Sanches Escobar e Ramon Cano Portal se disseram bem ambientados em Minas e parecem animados em honrar o convite. Mas, segundo Ramon, ainda estamos longe de chegar perto do avançado sistema de recrutamento de talentos do atletismo cubano. Por lá, a cadeia começa bem cedo e não se perde; e todos os estados do pais têm ao menos 4 centros de treinamento avançado como o de Uberlândia. Outra vantagem, para ele, é o sistema centralizado no estado – os cuidados com o futuro do atleta não ficam a mercê do apoio de clubes ou patrocinios.

Bom, eu já fiz minhas apostas para 2016. Vamos ver se meu olho para lançadores de dardo, de martelo e corredores começa a ser menos míope...

Abraços recém-chegados de Viçosa, a terra do melhor doce de leite do mundo!!!

terça-feira, 2 de março de 2010

Teaser



Video gravado para uma passagem no Youtube do programa Planeta Minas C&T sobre Crimes Digitais! Vamos falar dos riscos e limites da Internet, das pesquisas feitas pela polícia federal e por pesquisadores da UFMG; além de contar histórias de vítimas de golpes e calúnias em sites de relacionamento...

[Serve de chamada para a próxima reprise, que vai ao ar na Rede Minas no próximo sábado, às 19h30. Até lá! ;-)]

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Desfazendo a mala

Hora de criar coragem para esvaziar a mala de 10 dias de viagem por Minas - com gravações em Viçosa (de novo!!), São João del Rey, Barbacena e Lavras (duas novatas no meu passaporte mineiro). Mas acabo de decidir adiar meia hora desta bendita "hora da coragem" e dividir com vocês parte dos cacarecos e das descobertas que trago desses outros lugares/ outras cidades quase invisíveis...












Rosa geneticamente modificada - Barbacena













Suntuosa flor tropical: Bastão do Imperador - SJDR












Remédio popular do camelô - Barbacena













Paisagem barroca - SJDR

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Minas sem fim...

Este mês volto a encarar as estradas de Minas. Justamente quando pensava que os temas jornalísticos de ciência e a tecnologia não me apresentariam novas cidades no Estado, eis que a produção do programa traça um roteiro com algumas novidades: Andradas e Barbacena. Passei as duas últimas noites em Andradas - 6 km de São Paulo. Nem preciso dizer que o "r" carregado é totalmente diferente do "r" mudo dos belo-horizontinos... Mais um canto afastado das influências da capital mineira - jornal, só o Estado de S. Paulo. Times de futebol? Nem sombra de pena de galo ou rastro de cruzeiro no céu. O mais engraçado é o motivo da viagem: produção de flores! Sabia que Andradas está a caminho de se tornar uma nova Holambra?

Mas a viagem prossegue. Por conta própria, saltei em Poços de Caldas a caminho de Passos, cidade da minha avó. São 300 quilômetros suados de ônibus, num pára-pára interminável! Sem ônibus direto, vim para Alfenas - ainda no sul. Aqui, pit stop para lanche e lan house. Em 15 minutos encaro mais algumas horas até meu destino final.

No ônibus, flagrei uma conversa ótima entre dois homens da roça. Queria compartilhar, mas meu tempo é pouco por aqui. Fica para a próxima.... Abraços a todos!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

And the Oscar goes to…













Equipe do Planeta Minas – Rede Minas de Televisão!!! Tive o privilégio de representar um time de 15 profissionais responsáveis por todas as etapas do programa Tecnologia para Especiais, vencedor na categoria Tecnologia da Informação, Comunicação e Multimídia – Veículo Não-Especializado do Prêmio Imprensa Embratel. A cerimonia aconteceu na noite de quarta-feira, no Rio de Janeiro.

Acredito que o mérito do programa esteja em mostrar como a tecnologia pode ajudar a suprir parte das necessidades de quem já vive cercado de limitações. Conseguimos mostrar o trabalho de ponta feito por pesquisadores de diversas áreas que se dedicam a este objetivo. A produtora Aline Mattos ainda encontrou histórias emocionantes como a do Gleison Faria, de Itaúna (Centro Oeste de MG), que desenvoleu um teclado de computador adaptado para quem tem paralisia cerebral. Detalhe - ele mesmo é um portador da doença.

Obrigada a todos que torceram! Hora de comemorar nosso esforço e de celebrar as conquistas do jornalismo público brasileiro. [Uma das comemorações – a Rede Minas vai exibir o programa premiado neste sábado, às 19h30!]

Aqui, lista de todos os belos trabalhos ganhadores.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Mais Mostra… em Juiz de Fora














Coincidência das boas. Enquanto São Paulo vive sua badalada 33a. Mostra Internacional de SP – lembrada aqui com um textinho do baú – descobri um festival muito bacana que agita Juiz de Fora esta semana. Descoberta, desta vez, ao pé da letra. Cheguei em JF para as gravações do próximo Planeta Minas e, no agito do incansável centro da cidade, reparo numa tribo de camisetas iguais rondando padarias e lanchonetes dos calçadões. O ponto de partida do bando era o cinema Cinearte Palace, em plena rua Halfed, onde aconteciam as exibições do festival Primeiro Plano 2009. Na verdade, trata-se de uma grande programação composta por mostras competitivas de curtas e pré-estreias de longas, pela Mostra Mercocidades – com filmes de outros países latinos – e pela Mostra Audiovisual de Juiz de Fora.

Na medida da minha agenda de trabalho, consegui sentir a brisa do evento – peguei duas sessões da Competitiva de Curtas Nacional, na terça e na quarta-feira. Na terça-feira, outra vez, me deparei com uma bela coincidência. Na programação, o curta Fim de Semana Sim tinha Vinicius Toro com um dos diretores. Olha só – o garoto foi meu amigo no cursinho pré-vestibular e colega da Escola de Comunicações e Artes da USP, no curso de Audiovisual. Ele não pode participar do evento e por pouco pulei da poltrona para me voluntariar como representante do curta. Impressionante o trabalho da equipe do Vinicius para construir uma narrativa sensível tendo como protagonista uma garota nos seus oito anos de idade que vive as dificuldades da separação dos pais. Dirigir crianças na TV e no cinema não é para qualquer um, mesmo! [E salve Cao Hamburguer!]

Nesta seleta de curtas da competição, nem tudo era novidade. Alguns estrelavam atores consagrados como Caio Blat e Fernanda Machado, com uma estética técnica impecável porém previsível. Mas os rebeldes e alternativos tiveram espaço! O extremo foi A luz vermelha do bandido, dirigido pelo paulista Pedro Jorge. Segundo suas próprias palavras, trata-se de um “documentário-radialistico-cientifico-experimental de cinema” que presta homenagem a grande obra de Rogério Sganzerla. E dá-lhe experimentalismo! Um dos performances que participam do filme é Seu Jorge, para vocês terem uma ideia.

Animações graciosas e bem feitas ainda passaram pela tela do Palace nesta minha pequena carona no festival. Bela iniciativa para a divulgação do novo – antena ligada para o que vem sendo feito a nível local, nacional e regional. Ao invés de babar no novo Almodóvar, uma chance de acompanhar os primeiros passos de novos grandes diretores. O festival Primeiro Plano termina dia 31. E eu já saí no lucro.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Prêmios!

Semanas de ótimas notícias. Eu e a equipe do Planeta Minas, na Rede Minas, ganhamos o prêmio dos 100 anos do Instituto Nacional de Meteorologia/ INMET na categoria Televisão com o programa Tecnologia do Tempo. A cerimônia acontece dia 19 de novembro, em Brasília. E, como se não bastasse, acabamos de saber que o programa Tecnologia para Especiais, veiculado em 2008, é finalista do Prêmio Imprensa Embratel – um dos mais importantes do país. Concorremos com SBT e Revista Época na categoria Tecnologia da Informação, Comunicação e Multimídia - Veículo Não-Especializado. Claro que a indicação já é uma grande conquista. O programa mostra como grandes novidades tecnológicas desenvolvidas em universidades de Minas Gerais podem mudar a vida de quem tem alguma deficiência física ou mental. Em especial, um aparelho que identifica cédulas de dinheiro para cegos – trabalho da PUC/Minas – e um software livre adaptado para a inclusão de portadores de sindorme de Down, autismo e paralisia – uma pesquisa da Universidade Federal de Viçosa.

Pela primeira vez na história deste blog, abro espaço para a divulgação de um release. Acho que vale a pena ;-)

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Prêmio Imprensa Embratel divulga finalistas da edição de 2009

Redação Portal IMPRENSA*

O Prêmio Imprensa Embratel divulga a lista de reportagens finalistas da edição 2009. São 52 trabalhos que concorrem em 17 categorias, além do Grande Prêmio Barbosa Lima Sobrinho para o melhor trabalho.

Os nomes dos profissionais premiados serão conhecidos na festa de entrega dos troféus, dia 11 de novembro (quarta-feira), no Rio de Janeiro (RJ). O evento reunirá todos os finalistas para uma das maiores premiações do jornalismo brasileiro.

A edição 2009 teve 1.219 trabalhos inscritos de todo o país em sua 11ª edição. São 956 trabalhos nacionais e 263 regionais concorrendo a 18 premiações. Nas categorias nacionais houve um crescimento de 32% nas reportagens investigativas, 18% nas de televisão e de 17% nas de rádio.

A avaliação das reportagens inscritas levou em conta a importância do assunto (relevância nacional ou regional), extensão da reportagem, qualidade da edição e esforço despendido pelo repórter para a sua realização, assim como a repercussão e os resultados obtidos.

A 11ª edição do Prêmio Imprensa Embratel distribuirá R$ 166 mil (valor bruto) para trabalhos jornalísticos distribuídos em 17 categorias específicas e no Grande Prêmio Barbosa Lima Sobrinho. Confira a relação completa de reportagens finalistas, por categoria, do Prêmio Imprensa Embratel 2009.

Jornal e Revista

A ENFERMARIA ENTRE A VIDA E A MORTE / A MULHER QUE ALIMENTAVA, de Eliane Brum - Revista Época
FAVELA S.A., de Sérgio Ramalho, Cristiane de Cássia, Dimmi Amora, Fernanda Pontes, Selma Schmidt, Carla Rocha e Luiz Ernesto Magalhães - Jornal O Globo
OS ANTI-HERÓIS - O SUBMUNDO DA CANA, de Joel Silva e Mário Magalhães - Jornal Folha de S.Paulo

Televisão

EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA, de Alan Severiano e equipe - TV Globo - Rio
ESCRAVOS DO SÉCULO 21, de Mauricio Ferraz e equipe - TV Globo - Rio
O HORROR DA PEDOFILIA, de Lúcio Sturn, com participação de Alline Passos e Christina Lemos - TV Record

Jornalismo investigativo

A FARRA DAS PASSAGENS, de Lúcio Lambranho, Edson Sardinha e Eduardo Militão -www.congressemfoco.com.br
A MÁFIA DA MERENDA ESCOLAR, de Vinicius Mello Costa - TV Record
CASO ZOGHBI, de Andrei Meireles e Matheus Leitão - Revista Época
FILA DA VIDA ESTÁ PARADA, de Pâmela Oliveira - Jornal O Dia

Reportagem Econômica

ATÉ ONDE VAI ESTA CRISE (E COMO ELA PODE AFETAR O BRASIL), de Angela Pimenta, Tatiana Gianini, Tiago Maranhão e Luciene Antunes - Revista Exame
CRISE ECONÔMICA, de Ana Paula Padrão e equipe - TV SBT
O BRASIL QUE EMERGIRÁ DA CRISE, de Ricardo Allan, Vânia Cristino, Mariana Flores, Letícia Nobre, Edna Simão, Vicente Nunes, Luciana Navarro, Karla Mendes e Luciano Pires - Jornal Correio Braziliense

Responsabilidade Socioambiental

MORTE LENTA DA FLORESTA DO MAR, de Leonardo Cavalcanti - Jornal Correio Braziliense
ESTÁ EM SUAS MÃOS, de Paulo Rebelo, Luciana Veras, Júlia Kacowiez, Thiago Marinho, Eduardo Costa, Phelipe Rodrigues, Marcel Tito, Taciana Góes e Tatiana Sotero - Diário de Pernambuco
TRÁFICO DE ANIMAIS: NA ROTA DA EXTINÇÃO, de Fábio Diamante e equipe - TV SBT

Reportagem esportiva

COPA DO MUNDO É NOSSA, de Helvídio Mattos e equipe - ESPN Brasil
APARTHEID - PORTUGUESA SANTISTA, de Marcelo Outeiral e equipe - TV Globo - Rio
ARAGUARI, PIONEIRAS DO FUTEBOL FEMININO, de Renato Peters e equipe - TV Globo ¿ Rio

Reportagem Fotográfica

CRISE, QUE CRISE?, de Marcelo Carnaval - Jornal O Globo
LADRÃO EM FUGA, de Adenilson Nunes - Jornal Correio da Bahia
TIROS E SOCOS NAS LARANJEIRAS, de Daniel Ramalho - Jornal do Brasil

Reportagem cinematográfica

ATOL, A BELEZA MARINHA DENTRO E FORA D'ÁGUA, de Josimar Parahyba - TV Globo Nordeste
FLAGRANTE SUPERVIA, de Eduardo Torres - TV Globo - Rio
JOVEM MORTE, de Junior Alves - TV SBT

Rádio

CAMINHAR SOBRE RODAS: A VIDA DOS USUÁRIOS DE CADEIRAS DE RODAS NO BRASIL, de Cristina Coghi e Fernando Gallo - Rádio CBN
OBESIDADE INFANTIL: UMA EPIDEMIA CONTEMPORÂNEA, de Marcelo Santos - Rádio Catarinense PERIGO NA TELA: O VÍCIO DO NOVO SÉCULO, de Marcelo Santos - Rádio Catarinense

Jornalismo cultural

100 ANOS DE CARTOLA, de Lívia Carla - Rádio MEC
MACHADO DE ASSIS - 100 ANOS DE MEMÓRIA, de Ana Lúcia do Vale e Kamille Viola - Jornal O Dia
MACHADO DE ASSIS SOMOS NÓS, de Schneider Carpeggiani e Fabiana Moraes - Jornal do Commercio / PE

Tecnologia da Informação, Comunicação e Multimídia - Veículo Especializado

CAMINHOS DIGITAIS DO CEARÁ, de Thiago Cafardo, Luiz Henrique Campos e Demitri Túlio - Jornal O Povo
RETRATO DE UMA DÉCADA, de Gilberto Pavoni Junior, Vitor Cavalcante, Felipe Dreher e Ana Lúcia Moura Fé - Information Week Brasil
SEGURANÇA NO E-COMMERCE, de Sandra Cunha - Revista Security


Tecnologia da Informação, Comunicação e Multimídia - Veículo Não-Especializado

INTERNET, de Patrícia Travassos - TV SBT
TECNOLOGIA PARA ESPECIAIS, de Julia Tavares - Rede Minas de Televisão
VOCÊ JÁ USOU O TWITTER? SOB O OLHAR DO TWITTER, de Renata Leal e Ivan Martins - Revista Época

REGIONAL

Centro-Oeste

MENINOS SEM FUTURO, de Vinicius Jorge Sassine - Jornal O Popular
O CAMINHO DA ILUSÃO, de Carmen Souza - Jornal Correio Braziliense
OS DIREITOS DA INFÂNCIA, de Erika Klingl - Jornal Correio Braziliense

Nordeste

ARQUIVO MORTO - MÁFIA DAS EXECUÇÕES EM FORTALEZA, de Demitri Túlio, Cláudio Ribeiro e Thiago Cafardo - Jornal O Povo
FERIDAS ABERTAS DA FOME, de Carol Almeida e Ciara Carvalho - Jornal do Commercio / PE
VÍTIMAS DA OMISSÃO, de Isly Viana e equipe - TV Record

Norte

DA ESCURIDÃO PARA A LUZ, Silvio Martinello - Jornal A Gazeta
TRABALHO ESCRAVO, de Nyelsen Martins e equipe - TV Record
WAIMIRI-ATROARI, MASSACRES, RIQUEZAS E MISTÉRIOS, de Ricardo Oliveira e Orlando Farias - Jornal Amazonas em Tempo

Sudeste

CONSELHO DE MARAJÁS, de Alana Rizzo, Amaury Ribeiro Jr. e Alessandra Mello - Jornal Estado de Minas

INFÂNCIA INTERROMPIDA, de Jussara Soares - Jornal Diário de S. Paulo
O GOLPE DO SINAL AMARELO, de Antero Gomes - Jornal Extra

Sul

A EPIDEMIA DO CRACK, de Itamar Melo e Patrícia Rocha - Jornal Zero Hora
GOLPISTAS DA MENSAGEM PREMIADA DETALHAM ESQUEMA QUE ATINGE VÍTIMAS NO RIO GRANDE DO SUL, de José Renato Ribeiro - Rádio Gazeta AM 1.180
MÁFIA LARANJA, de Mauri König - Gazeta do Povo

*Com informações da assessoria de imprensa

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Uberlândia 121 anos



















Dois dias de sono com barulho de carro e buzina na janela. Do sexto andar do hotel vejo um horizonte de prédios e avenidas largas. Vias de quatro pistas com retornos malucos capazes de enlouquecer o mais hábil motorista. À noite, restam poucas opções de refeições além das grandes churrascarias: rodízios podem sair por 10,90, 13,90, 17,50 ou 29,90. O desfile mórbido de costelas, corações, peitos e asas de quadrúpedes e bípedes segue intenso por estas vitrines carnívoras.

Cheguei em Uberlândia nesta segunda-feira, em pleno feriado dos 121 anos. Não vejo motivos de comemoração, mas sim uma cidade do culto ao automóvel, sem os traços típicos da acolhida mineira. Meio Goiás, meio São Paulo. Nada de Minas. O Triangulo não me deixa saudades.

[Aqui, as impressões anteriores escritas há um ano!]

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Gripe, minha vez de falar

Quando postei uma crítica a onda de pânico causada pela nova gripe, não imaginei que minha próxima missão como repórter seria falar, com profundidade, sobre a Gripe. Pois bem – três semanas se passaram e hoje vai ao ar o Planeta Minas Ciência e Tecnologia sobre o tema. Vamos falar como a atual pandemia tem exposto os riscos da gripe em geral e trazido à tona o despreparo da rede de saúde pública para lidar com a doença.

Entrevistamos respeitados especialistas da área medica e até uma historiadora, que fez um paralelo entre o surto da nova gripe e a gripe espanhola. Segundo a professora da UFMG, havia uma crença que a primeira capital planejada do país estaria livre do surto – mas não foi bem assim...

O programa ainda vai mostrar histórias de pessoas que tiveram suas vidas afetadas pelas diferentes formas do vírus influenza e falar dos tratamentos e novidades da pesquisa brasileira para o combate da nova gripe. Teremos até uma entrevista via skipe com uma jornalista residente no México, que contou como aquele país conseguiu controlar a disseminação do vírus e, claro, do medo.

Na Rede Minas, estréia hoje, dia 24, às 22h; com reapresentação na sexta-feira, às 13h30, e sábado, às 19h30. Até lá!

domingo, 19 de julho de 2009

E assim se fez o queijo...














Seu João e dona Maria. Uma fazendinha de trinta vacas e trinta lindos queijos amarelos por dia. Bem mineiramente, os dois receberam a equipe da TV às 6 horas da manhã – quando a lua cheia e o frio da Serra da Canastra ainda demarcavam o território da noite. Assim começava a maratona da produção do queijo – um dos poucos legalizados em todo o estado, com a certificação do IMA. Isso quer dizer que o rebanho é sadio, as instalações da fazenda estão adequadas e, claro, o queijo é feito em local higiênico.

Mas não é só isso. Para se enquadrar na única lei do país que permite a comercialização do produto artesanal a partir do leite cru, dona Maria precisa tomar vacina contra tuberculose e não pode estar gripada. Sem contar que, duas vezes por dia, ela só começa a “pôr a mão no coalho” depois de tomar banho e trocar de roupa, tendo que vestir galochas brancas, avental e máscara. Até a água usada na limpeza da bancada da queijaria agora é filtrada e tratada.

Esses são apenas alguns dos “detalhes” aos quais a propriedade de seu João precisou se enquadrar. Por lá, a antiga queijaria virou depósito de milho. Ele mesmo sente vergonha de mostrar que, por força da tradição e da falta de conhecimento, era difícil levar a higiene muito a sério.

Depois de freqüentar cursos de treinamento, a família fez as reformas que cabiam no orçamento, aos poucos. E, por incrível que pareça, eles ainda não tiveram retorno financeiro do investimento: ainda tem muito produtor rural vendendo queijo feito em péssimas condições. Para ser explicita, quase todos os queijos que encontramos no Mercado Central estão com altos índices de coliformes fecais e bactérias nocivas à saúde. Mesmo assim, diz ele, “a melhor coisa é estar em paz com a consciência”. [E claro que o queijo é uma delicia!]

***

O Planeta Minas sobre tecnologia do Leite vai ao ar só no dia 26 de julho. Mas desde já espero que os amigos passem a se preocupar bem mais com a origem do famoso queijo antes de consumi-lo: na embalagem, procurem pelo número de certificação junto ao IMA. Talvez saia um pouquinho mais caro – mas vale a pena, não?

[* Aqui, post antigo e ingênuo sobre o Mercado Central, ainda com as frescas impressões de uma recém-chegada em Minas....]

segunda-feira, 27 de abril de 2009

ET de Varginha


















Um avião? NÃO! O Super-Homem? NÃO! Um disco voador? SIM!!

O diálogo, que poderia partir de algum turista recém chegado em Varginha, é factível. O espanto, claro, pode ganhar contornos mais acentuados quando o turista é originário de outro estado do país e nunca tinha visto fotos com os destaques da paisagem local.














Queira ou não queira, você está na cidade do ET. Acho engraçado imaginar que os mineiros, tão discretos por natureza, tenham a audácia de apoiar gastos públicos na construção de ao menos cinco momentos dedicados a seres interplanetários. Além da incrível nave mãe, uma praça central da cidade preferiu ceder o pedestal normalmente dedicado a figuras ilustres da política e cultura da região a DOIS suntuosos monstrinhos de três dedos e olhos vermelhos. Um deles, coitado, foi “vandalizado” por pichadores.

A febre em torno da mitologia tem até espaço no site oficial da prefeitura. Um ícone do ET [à direita] leva a texto atribuído à assessora de comunicação do município introduzindo o relato de um conhecido ufólogo. “O aparecimento de um ser extraterrestre - visto por três garotas, presenciado por policiais e estudado por ufólogos - só não ficou comprovado porque existe interesse, por parte não se sabe de quem, de que a história seja acobertada.” GENTE!

Divertido também foi descobrir, aos poucos, os diversos estabelecimentos comerciais que usam logotipos e marcas referentes ao ilustre visitante da cidade. Uma lanchonete decidiu dar boas vindas aos clientes vestindo o bicho de garçom! Seria o que chamam de marketing agressivo?

Brincadeiras a parte, realmente gostaria de ouvir relatos por parte de moradores de Varginha sobre o peso da lenda – ou fato, claro – na formação do imaginário da cidade. Grande pólo educacional e produtor de café, aposto que não faltam elementos valiosos na composição da identidade daquela população. Resta entender o porquê da opção pelo viés alienígena....

terça-feira, 31 de março de 2009

Balaio de Minas

Oba! O programa de Astronomia do Planeta Minas Ciência e Tecnologia vai ao ar nesta terça-feira, às 21h40, com reprise sexta, às 13h30, e sábado, às 18h30 – só para os que estão em cidades mineiras com sinal da Rede Minas (Canal 9 e Canal 20, na TV a cabo). Os amigos de outros Estados ficam com este prêmio de consolação: alguns bastidores dos cenários inesperados que encontramos ao longo de quase 15 dias em viagens.

Itajubá














- Onde fica o restaurante sem nome?

- O Sem Nome? Entra à direta e vire à equerda.


Diálogo insólito, porém real. O dito sustenta com requinte a denominação “Sem Nome”, como comprova a foto. Segundo restaurante mais requintado da cidade, acreditem, oferece um menu de comida mais paulista que mineira, com suculentos pedaços de baby beef à gosto do freguês. Jantei por lá três noites seguidas, feliz em ter encontrado um lugar sem nome, porém com sabor.

Brasópolis

















A neblina atrapalhou parte das gravações e acabou com as esperanças de enxergar algum astro no Espaço. Mesmo assim, conhecer o maior observatório em solo brasileiro foi uma experiência interessantíssima. Entre uma cúpula e outra, no entanto, a grande recomendação dos pesquisadores é olhar o chão: em meio a uma reserva ambiental, com lírios selvagens que ultrapassam minha [pouca] altura, o Pico dos Dias é lugar cativo de variadas espécies de cobras.

Cristina












Todos os caminhos levam a Cristina, onde águas gasosas cortam ruas e dividem a existência dos moradores. Pelas vielas baixas da cidade verde, ainda circulam forasteiros e mensageiros em busca da dama que deu nome ao vilarejo. Cristina, dizem outros, é o sonho inebriante da fortuna e do amor: uma cidade sem saída.

Cambuquira













Fomos os últimos hospedes “leigos” do Grande Hotel Trilogia, antigo Grande Hotel Empresa. A verdadeira concretização do tabuleiro do jogo Detetive: salão de jogos, de festa, de música, de jantar.... Fundado na década de 20, o hotel acompanhou o auge da estância hidromineral, no sul do Estado. À época, socialites de todo o país lotavam a cidade em busca de tratamentos de saúde que utilizam água mineral. E não só isso: a Cambuquira era famosa pelos cassinos.

Com o fim do jogo, o hotel entrou em decadência, faliu e ficou fechado por vinte anos até ser comprado por fundadores da Trilogia Analítica – “uma linha de psicanálise fundada na ciência, na filosofia e na espiritualidade”, segundo definição do próprio grupo. Reformado, passou a abrigar encontros internacionais dos participantes. E também já recebeu uma frutífera visita de caçadores de fantasma dos EUA, que filmavam um documentário sobre o tema. Por sorte, não tive encontros de terceiro grau: mas basta fechar os olhos e imaginar centenas de hóspedes e funcionários percorrendo corredores, tocando piano, jantando, dançando. De arrepiar.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Saudades de Verão














Foto por Eduardo Borges, roubada sem o devido pagamento

O verão propriamente dito não acabou, mas o fim do horário artificial coincidiu com o término do 3º. Verão Arte Contemporânea. Com uma vasta programação na área de artes cênicas, artes plásticas, vídeo e música, o evento de um mês confirma a vocação vanguardista da turma da Officina Multimédia, o mesmo coletivo responsável pela divertida Bienal dos Piores Poemas.

Por conta de viagens intermináveis e pé na lama em capões de mata atlântica e campos rupestres da Serra do Espinhaço [confiram o resultado no próximo Planeta Minas, na Rede Minas, dia 24 de fevereiro, às 21h40 – reprise dia 27, às 13h30, e 28, às 18h30], não aproveitei muita coisa da programação do VAC. Mas ao menos peguei dois eventos bastante significativos do que, intuitivamente, parece ser a proposta dos organizadores: dar espaço para a experimentação e, por que não, para o risco. Foi assim com Cortiços, da Cia Luna Lunera, em que os atores tiveram a coragem de expor ao público um trabalho em processo de construção, recolhendo comentários por escrito do platéia no final da apresentação. [Belíssima a cenografia com garrafas pet cheias de água para a ambientação naturalista de Aluísio Azevedo!]

Domingão foi a vez do já consagrado violonista, compositor e cantor mineiro Kristoff Silva se lançar ao desafio de montar um show inédito. Segundo o release, a proposta era “voz e violão”. Mas o baixo e o piano de cauda no palco da Fundação de Educação Artística diziam o contrário... Por fim, ganhamos com o contraponto dos dois extremos – os músicos convidados entraram e saíram de cena colaborando com a proposta do Kris de dar destaque ao papel da oralidade na canção. [Discípulo mais que aplicado de Luiz Tatit, com show marcado no mega evento South by Southwest 2009, em Austin, Texas! Não deixe de conhecer/ver/ouvir, aqui no myspace.]

No suspiro do restinho do dia de folga, quem se sentiu homenageada fui eu. Já no BIS do show, ganhei esta canção deliciosa – do próprio Kristoff – para matar saudades da terrinha. Um banho de finas referências espaciais e musicais de São Paulo.

SÃO
(poema de Makely Ka , musicado por Kristoff Silva)

De Tatit a Itamar, do Tietê ao Butantã
Já cantaram tuas ruas, praças e avenidas
De Arrigo a Ribamar, do Masp ao Trianon
Teus viadutos, vales, becos sem saída
De Wandy a Gudin, do Bexiga ao Itaim
Gente de todo lugar, tipos de toda espécie
De Pereira a Adoniran, da Liberdade ao Carandiru
Cantaram por toda cidade, fizeram a sua prece

Tom Zé veio de Irará
Rita de Americana
Belchior do Ceará
Chico é paraibano
Careca é do Paraná
Arnaldo é paulistano

No Sumaré eu vi Ceumar
Salmaso em Vila Mariana
Virgínia no Viaduto do Chá
Suzana no Salesiano

Geraldo Filme foi filmar um clipe com o Fellini
E o Ira! vai tocar Ronda do Vanzolini

Fui ver a Ná cantar no Ibirapuera
Tetê também estava lá imitando Uirapuru
Quem foi trocando idéia da Sé até Jabaquara
Foi Zé Miguel com Mano Brown que pegaram a linha azul

Essa parceria aproximou o centro da periferia
O erudito e o popular, a rua da academia.

[Para mais notícias sobre alguns pontos algos do VAC, visite o Pixelando!]

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Pé (e boca) na estrada

Estive recentemente em Viçosa, de novo, revendo uma das universidades públicas mais bonitas do país. Mas o “suvenir” que trago desta vez não é tão glamouroso assim. “Colhi” inscrições verídicas de um cardápio surreal no restaurante EXCELLÊNCIA GRILL. Ou seria EXCELLECIA GRILL, sem o “N”, como estava escrito na página 2?

Seguem as versões bastante particulares – e mutantes - de uma suposta língua portuguesa:

MASSAS
  • Espaguete ao Suco ....................... R$ 15, 00
  • Espagate Alho e Óleo .................. R$ 15,00
FRANGO
  • Frango à Milanesa – Arroz e púre .............. R$ 24,00
COMIDAS TÍPICAS
  • Feijão tropeiro – Ovo frito, torresmo e linguisa ............ R$ 28,00
CARNES
  • Filet à Cavalo ................................ R$ 32,00
  • Filet à Cebolado ............................ R$ 22,00

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Eu no Ar

Plantão Tutu Mineiro informa: Planeta Minas Ciência e Tecnologia no ar nesta sexta-feira, dia 3 de outubro, às 14h, e sábado, dia 4, às 19h, na Rede Minas! Relembrando os 30 anos do nascimento do primeiro bebê de proveta no mundo, este programa aborda a evolução das técnicas de reprodução assistida e traz belas histórias de bebês mineiros concebidos em laboratório.

Recado dado!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Diamante do Jequitinhonha

O gato pardo passeia docilmente no telhado dos casarões
Três séculos de história abaixo de quatro patas
O IPHAN não encontrou formas de calçar meias macias nos bichanos de Diamantina
*
A namoradeira de barro nas janelas já foi clonada
São centenas delas nas lojinhas de artesanato
Noivinhas e daminhas. Batom vermelho e buquê de sempre-vivas
Querem mesmo é casamento com turista
Vai pagar quanto?
*
Por essa, a danada da Chica da Silva não esperava
Nos anos dois mil, ainda provoca inveja com seu casarão na rua do Carmo
Das janelas com entreliças, a vista mais linda do sol refletido na serra
O chão de madeiras largas, os quartos espaçosos e iluminados
Ao fantasma da ex-escrava, só devem causar desgosto os vários quadros de Juscelino na parede
*
Ser bixo em Diamantina é osso duro de roer
É andar pintado de verde, com placa pendurada no pescoço, correndo feito doido nas ladeiras de pedra
[O DCE Pé Rachado denunciou que os veteranos jogaram creolina nos calouros deste semestre]
A senhora mineira da cidade, a caminho da velha igreja, custa a entender o ritual macabro
*
O Hotel do Niemeyer é um monolito na paisagem
Cadê a consciência histórica do arquiteto?
Os hóspedes da caixa de concreto agora convivem com o luxo fora de época
Penteadeira redonda, abajour francês, tapete vermelho na escadaria
Alguns elegem o espaço para uma barulhenta festa de casamento
Para tudo, há mesmo um gosto

sábado, 2 de agosto de 2008

No Triângulo

Sem Internet em casa e sem tempo, acabei abandonando meus registros tutuísticos. Mas de forma alguma deixo de colecionar histórias a serem contadas por aqui. Desde quinta-feira vivo uma aventura pelo Triângulo Mineiro, com direito a cenas de (quase) pânico no meio de um canavial, perdida com a equipe de TV. à noite, no chão de terra batida sem sinalização, com tanque de gasolina na reserva, encontramos o caminho da pequena Pirajuba por milagre.

A notícia do risco que passamos correu solta na cidade de 3 mil habitantes. Era parar num bar e ouvir um consolo. Aliás, um desses consolos caiu melhor: é muito comum errar o caminho ou querer cortar caminho pelo canavial. Como a usina de cana fica ativa durante a madrugada, por sorte conseguimos informações mais ou menos seguras com funcionários não alcoolizados.

Eis que agora falo de um hotel na plana Uberlândia - a ponta mais rica do Triângulo, composto ainda por Araxá e Uberaba. As impressões, apesar de muito cruas, não são exatamente positivas. O jeito é dar mais uma voltinha por ai.