sexta-feira, 13 de junho de 2008

Jornalista caminhoneira

Do Rio para São Paulo. Em Itajubá, no sul de Minas Gerais e a 250 km de São Paulo, a influência é do Estado paulista. Nesta cidadezinha – que nem de longe parece ter seus 190 mil habitantes – o sotaque com “RR” carregado em “carne” e “porta” é o mesmo ouvido na fala interiorana de Taubaté e Caçapava. Nos botecos do pacato centrinho da cidade, o jogo do Sport e Corinthians virou atração. No Hotel Centenário (!!), o jornal da vez é a Folha.

Nem moderna, nem roça. Na terra do pé-de-moleque, prédios altos e vistosos dividem a rua com o hotel, onde o cavalo da carroça estaciona ao lado do Fiat Palio. Aliás, o Código Brasileiro de Trânsito não parece válido naquelas bandas. A bicicleta é mesmo a melhor opção e serve de transporte para muito velhinho Jeca Tatu.

Com quatro grandes universidades, entre elas a Universidade Federal de Itajubá, a cidade é um atrativo para estudantes de outras regiões. As repúblicas em casarões ficam a cinco minutos de muito mato e montanha verde. Ouvi dizer que dá para matar aula na cachoeira.

Difícil foi chegar ontem em BH, na hora do rush, e encarar um trânsito digno de São Paulo em pleno clima frenético de gente querendo namorar.

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