quarta-feira, 4 de junho de 2008

Um planeta chamado Minas

Juiz de Fora foi a primeira parada de uma fase “pé na estrada” no trabalho, que deve me levar para os quatro cantos de Minas. Não tenho como fugir de registrar, aqui, algumas primeiras impressões de canto de olho sobre esses lugares de sotaques tão diferentes.

O apelido de “cariocas do brejo” para quem nasce em Juiz de Fora é mesmo pejorativo, mas a semelhança entre esta cidade e o Rio é assombrosa. Nas ruas, o táxi é amarelo e o semáforo fica do outro lado do cruzamento. Nas bancas, encontra-se noticias quentes da criminalidade carioca nos jornais O Globo, Extra e O Dia. Os morros e montanhas trazem uma nítida sensação de que o mar está “log´ali”. Para completar, o centro da cidade – por onde circulam torcedores do flamengo, claro - é agitado dia e noite.

A grande Juiz de Fora impressiona pelo desenvolvimento urbano e comercial. Não é à toa que exerce tanta influência nos caminhos políticos de MG – Itamar Franco é uma das figurinhas que se projetaram ali. É também de JF a pioneira lei que pune com multa o preconceito aos gays. Pena que a atual projeção da cidade seja tão negativa: o prefeito Alberto Bejani foi denunciado em abril numa operação da Policia Federal que apura desvios fenomenais de uma verba enviada pelo governo federal aos municípios.

Mas se o desfecho do caso for tão vergonhoso a ponto de motivar algum cidadão a mudar de cidade, aposto que a “capital” escolhida vai ser o Rio. Eles já estão em casa.

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