sábado, 14 de junho de 2008

Rastros de Tom Zé












Perdi essa. O Tom Zé esteve em BH no dia 7 de junho para show e pate-papo durante a Calourada da PUC. No blog do artista – que acabei de descobrir e já deixo linkado aqui no Tutu – ele propôs uma parceria com os leitores para a composição de uma “peça fic-polit-science (ficção político-científica)” sobre a invasão dos estrangeiros no Brasil. A ocupação, para ele, tem interesses aparentemente corretos, como a escassez de alimentos no mundo. Mas em breve os motivos serão cada vez menos éticos.

Pois bem, revisando essa proposta tipicamente Tom-Zeniana, vi que ele divulgou no blog a composição final da canção. As referências mineiras me obrigam a compartilhar o trabalho coletivo por aqui. Mas só quem foi ao show pode relatar se a música funcionou de fato.

PARA O SHOW ‘INVASÃO DO BRASIL’, EM BH, SÁBADO, 7/6 - DIVULGAÇÃO DE REFRÕES QUE SERÃO CANTADOS

Garantem que agora a invasão
será sem batalha e sem canhão.

Por isto é que a sobrevivência
depende da arte e da ciência.

Mas se a ciência for o truque
teremos os físicos da PUC.

Se nos atacarem pelo vento
lutaremos com Milton Nascimento.

Se quiserem roubar nosso conforto
teremos por nós o Grupo Corpo.

Se comer nosso caju
eu convoco o Pato Fu.

Mas se ainda trouxerem carabina
lutamos no Clube da Esquina.

Contra metralhadora ou carro-tanque
o Tia Nastácia ou o Skank.

Assim venceremos soberanos
com o saber dos nossos veteranos.

E pro inimigo fazer macarronada
entregamos a nossa calourada.

2 comentários:

SaintCahier disse...

Bonitinho. Mas aqui, no frigir dos ovos, esse papo não é meio... (toc toc) xenófobo?

Júlia Tavares disse...

Sabe que eu defendo mais xenofobismo para os mineiros? Tem coisa boa, muito além do Skank, que vocês precisam valorizar! E parar com esse troço de achar que só em SP as coisas são bacanas... Beijo!