terça-feira, 6 de maio de 2008

Rápidas

Trabalho no feriado e uma visita especial no fim de semana renderam algumas reflexões:

- Torcer por um time é tão obrigatório quanto ter carteira de identidade, especialmente em época de decisão de campeonato. Dias atrás, eu explicava que era de São Paulo e não torcia para ninguém, mas meus interlocutores não mostravam disposição para a resposta. Resolvi adotar a persona atleticana e os ruídos na comunicação diminuíram. O taxista, arrasado com a derrota no domingo, ficou feliz em transportar uma camarada de time e deu um desconto de dez centavos na corrida. Despediu-se de mim com um sonoro “amanhã é outro dia!”.

- A excursão feita para Ouro Preto com a CVC em 1996 (vixi, será que é isso mesmo?) não valeu quase nada em termos de desenvolvimento intelectual. À época, tive a famosa overdose de Aleijadinho e visitei todas as igrejas possíveis. De concreto, no entanto, restou apenas um relógio de sol feito em pedra sabão. No bate e volta que fizemos neste sábado, visitamos somente a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar, construída em 1733. Mas a amostra foi suficiente para superar todo o meu conhecimento prévio de barroco e rococó made in Brazil. Pedi uma referência de um guia bacana e valeu a pena. O carismático Taquinho não tinha simplesmente “decorado” nenhuma ladainha. Pelo contrário: falava com paixão dos detalhes das capelas, dos anjos, das pinturas. Tirou dúvidas cabeludas no âmbito arquitetônico, histórico e químico - explicando o processo de colagem da folha de ouro na madeira. Finalmente, posso dizer que não é justo desqualificar o trabalho desses guias.

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